sábado, 3 de março de 2007

Editorial

No passado mês os portugueses disseram SIM à despenalização da IVG. A vitória constitui a afirmação de valores progressistas e civilizacionais, uma importante vitória da mulher e do direito à sua dignidade e saúde.

O Governo intensifica gradualmente as desigualdades sociais, levando a cabo medidas que visam promover um retrocesso social: o desemprego aumenta, os direitos dos trabalhadores estão em causa, o rendimento familiar degrada-se, o custo de vida torna-se insuportável e por outro lado vemos os bancos a realizarem lucros de milhões de euros ao ano. Toda esta imagem de um país cada vez mais triste de si mesmo constitui um verdadeiro problema social, político e económico. Até quando o povo aguentará tal situação?

Dia 2 de Março a CGTP, levou a cabo uma acção de luta, por mais direitos e por uma politica alternativa.

A Madeira vai a votos, o governo regional demitiu-se, o Presidente da República provavelmente irá marcar eleições para Maio, estaremos atentos ao jardim que é a Madeira.

A Taberna como espaço de ideias e de reflexões cresceu e está mais activa do que nunca, quando se iniciou este projecto nunca imaginámos que passado apenas um mês a participação fosse tão regular e tão significativa, mas não estamos satisfeitos pois queremos ainda mais... Pretendemos intervir com irreverência e determinação, levar a cabo as nossas convicções de Liberdade e de Fraternidade. Aqui respira-se convicção. A divulgação da Taberna também é urgente para que possa ser um espaço cada vez mais de todos, é e será esse o nosso objectivo, uma Taberna para todos...

Destaca-se ainda os vinte anos da morte do resistente JOSÉ AFONSO. As suas músicas ainda hoje servem de inspiração para muitos resistentes face à situação Nacional e Internacional.
ÚLTIMA HORA: Saudamos os jovens dinamarqueses que lutam contra as forças repressivas defendendo, nas ruas, conquistas há anos alcançadas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tal como tantas outras "conquistas de rua", o prédio foi abaixo para se evitarem novas cenas de confronto. Uma coisa é conquistar, outra coisa é ocupar. Nada ali foi conquistado, simplesmente ocupado e a decisão de quem tem por obrigação zelar pela estabilidade, foi fazer desaprecer a fonte de instabilidade, que na altura tinha a forma de um... prédio.

João Filipe Rodrigues disse...

Zelar pela estabilidade era não fazer dasaparecer algo que há 20 anos estava nas mãos daqueles jovens. Já agoram não é caricato que tenha sido uma religião a adquirir o prédio? De certo que ali não iriam aumentar a fonte de crentes...

Anónimo disse...

Não querendo entrar em diálogo consigo, permita-me só esclarecer com o que disse no anterior post. O direito à indignação é um apanágio das sociedades modernas e democráticas (com excepção da Rep. Democrática da Coreia, e outras que tais....), pelo que deve ser salvaguardado e usado. Todavia, nada disso legitima as cenas de vandalismo que se assistiram. Por outrio lado, mais vale alguém adquirir um imóvel e recuperá-lo do que se manter devoluto por mais 20 anos...