23 de Fevereiro de 1987. Foi há 20 anos que Portugal viu desaparecer uma das maiores vozes de Abril, Zeca Afonso. De Abril, mas sobretudo de sempre, porque a resistência contou com ele ontem, hoje e continuará a fazê-lo daqui por diante. Não podendo deixar passar esta data incólume, a Taberna homenageia assim um dos mentores da música de intervenção no nosso país. Zeca, não é apenas a voz de "Grândola". O compositor e homem da música popular portuguesa deixou-nos um vasto e notável trabalho, em que as suas canções iam de encontro ao protesto e à resistência. Resistência antifascista, conceito que para sempre estará associado ao cantor. Zeca nunca se deixou adormecer, querendo sempre estar na linha da frente da luta e da revolução juntamente com movimentos e personalidades de esquerda. O rosto da utopia morreu abandonado pelas instituições, mas não por nós, pois os resistentes, lutadores, precisam uns dos outros. Precisam de um José Afonso eterno. Para sempre Abril, para sempre Zeca.
"Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão, seja a que nível for."
José Afonso
3 comentários:
"É necessário cantar a liberdade". E é necessário que nunca nos esqueçamos que se hoje a podemos cantar é porque existiram pessoas que cantaram o sonho de ela existir. Zeca PRESENTE!
se um dia fosse possivel realizar o concerto dos sonhos e da esperança Jose Afonso estaria lá... esteja onde estiver a sua musica continua a ser tocada e recordada por aqueles que sabem dizer não e continuam a resistir com a mesma alegria e convicção.
a liberdade nao tem rosto somos todos nós que duma maneira ou outra resistimos, mas tem som a musica de zeca afonso...
"venham mais cinco"
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